Durante os três primeiros anos do programa de financiamento europeu Horizonte Europa, Portugal captou um total de 81,3 milhões de euros em financiamento de projetos de Investigação e Inovação (I&I), no âmbito do Cluster Saúde e da Missão Cancro.
Este financiamento encontra-se repartido por 83 organizações nacionais – incluindo universidades, centros de investigação, hospitais, associações de doentes, mas também as PMEs e a indústria nacional.
Das organizações com maior volume de financiamento destacam-se os centros de investigação e as instituições de Ensino Superior, com um total de 58,5 milhões de euros.
Hospitais nacionais captam 4,9 M€, quase o dobro do captado durante os sete anos do anterior programa europeu para a I&I, o Horizonte 2020.
Com um bom desempenho encontram-se igualmente os hospitais nacionais que, nestes primeiros três anos do Horizonte Europa, quase que duplicaram o financiamento captado quando comparado com os sete anos do anterior programa-quadro europeu, o Horizonte 2020.
Este aumento deve-se, em parte, a um maior número de candidaturas em igual período, indicando uma maior capacidade dos hospitais nacionais de se integrarem em projetos colaborativos de I&I a nível europeu.
Associações de doentes captam mais de 1 M€ para atividades de I&I a nível europeu.
Salienta-se a participação de associações de doentes nacionais como parceiros de quatro projetos colaborativos na área da saúde, desde o início do Horizonte Europa.
Durante o anterior Programa-Quadro, as associações de doentes não participaram nesta tipologia de projetos, no entanto, nestes três primeiros anos já captaram mais de um milhão de euros que irão contribuir para atividades de I&I a nível nacional e europeu.
Entidades nacionais coordenam onze projetos europeus.
De referir igualmente que, dos projetos colaborativos aprovados na área da saúde, onze são coordenados por organizações nacionais: AISym4MED (Fraunhofer Portugal), CINDERELLA (Fundação Champalimaud), CLIMOS (Universidade NOVA), ECHoS (AICIB), EvaMobs (Universidade NOVA de Lisboa), GlycanTrigger (i3S), LEARN, (Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia), MEDSECURANCE (Unparallel Innovation), PAS GRAS (Universidade de Coimbra), PREVENTABLE (i3S) e XpanDH (ISCTE). Este número demonstra a crescente capacidade nacional de captar e coordenar projetos europeus de grande dimensão nas áreas da Investigação Clínica e da Inovação Biomédica.
Estes projetos desenvolvem investigação em diferentes áreas, desde o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas relacionadas com a partilha de dados em saúde e cibersegurança em sistemas de saúde, passando pela oncologia, combate à obesidade, influência do ambiente na saúde pública, ao desenvolvimento de novas soluções de inteligência artificial nos sistemas de saúde.
Comparativamente com o anterior Programa-Quadro Europeu de I&I, estes resultados revelam uma comunidade nacional mais competitiva e com maior capacidade de liderança, tendo nestes últimos três anos do Horizonte Europa, assegurado mais financiamento do que durante os sete anos do Horizonte 2020.
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